Murilo Fischer acabou prejudicado por uma fechada no momento do sprint (Vídeo)
Mark Cavendish(HTC-Highroad) deixou as polêmicas de lado, após ser acusado de utilizar o carro da equipe americana para auxiliá-lo na subida do Etna, no último domingo, e venceu seu primeiro estágio no Giro d´Italia 2011. Cavendish superou Francisco Ventoso (Movistar) e Alessandro Petacchi (Lampre), segundo e terceiro respectivamente.
O espanhol Alberto Contador(Saxo Bank) não teve maiores problemas para manter a maglia rosa. Contador teve ao seu favor um belo trabalho da equipe dinamarquesa, que o embalou até a linha de chegada e permitiu ao tricampeão do Tour de France manter a liderança da competição.
O sprint final aconteceu em uma pequena subida, com 4% de inclinação. Petacchi foi embalado pelo companheiro Danilo Hondo, mas acabou saltando cedo demais para o sprint. Cavendish não titubeou, aproveitou-se da roda do italiano e acelerou para conquistar em Teramo.
“A equipe foi incrível, hoje, nós fizemos o trabalho idelal e o encerramento foi perfeito", festejou o ofegante e emocionado Cavendish "Eu decidi que era melhor ficar atrás de Petacchi, porque sabia que poderia ultrapassá-lo. Segui-o e, em seguida, abri o meu sprint a 150 metros da meta."
O brasileiro Murilo Fischer (Garmin-Cervélo) não teve a mesma sorte de Cavendish. O campeão brasileiro contou com um grande trabalho de sua equipe e tinha tudo para figurar entre os primeiros da etapa, mas acabou fechado por um ciclista da Movistar no momento em que iniciou sua aceleração. O catarinense não escondeu sua irritação, lamentando a oportunidade perdida.
A fuga do dia foi protagonizada por Fumiyuki Beppu (Radio Shack), Pierre Cazaux (Euskaltel-Euskadi) e Yuriy Krivtsov (AG2R). O trio de fugitivos conseguiu uma vantagem acima dos seis minutos, com a principal ameaça a Contador vindo do japonês – 40 minutos atrás na classificação geral. Beppu mostrou-se o mais ativo dos fugitivos e conseguiu vencer as metas de sprint e montanha.
Com 11 km para a meta, o bom trabalho do pelotão – liderado pelas equipes Lampre e HTC-Highroad – neutralizou a fuga do dia, e colocou as chances de vitória nos pés dos velocistas. O pelotão, no entanto, diminuiu um pouco o ritmo e abriu espaço para o ataque de David Millar (Garmin-Cervélo) a 3 km da linha de chegada.
O ataque de Millar obrigou o pelotão a intensificar o ritmo, de novo, e neutralizou o britânico. Hondo trabalhou para Petacchi, mas pareceu sair cedo demais do trem da Lampre, o que abriu uma grande oportunidade para os rivais. A HTC-Highroad trabalhou para Cavendish, enquanto a Movistar trazia Ventoso para a disputa pela vitória.
Com 150 metros para o encerramento, Cavendish saltou da roda de Petacchi e iniciou a aceleração, sem dar chances de resposta ao italiano, que ainda foi superado nos metros finais pelo espanhol Ventoso.