Participação história marca a renovação da modalidade no Brasil e garante resultados inéditos em todas as disciplinas A primeira seleção a entrar na briga pelo ouro foi o BMX (8 e 9 de março). Foram duas medalhas, uma de ouro na prova de BMX aro 20, e uma de prata, no Time Trial. As duas foram conquistadas pelo atleta olímpico Renato Rezende, grande aposta do Brasil para Rio 2016. O ciclismo de Estrada também estreou com o pé direito (9 de março), fazendo barba, cabelo e bigode na prova contra-relógio. Foram três medalhas, uma de ouro no masculino, com Murilo Ferraz, e duas no feminino, sendo uma de ouro com Fernanda Souza e uma de bronze com Clemilda Fernandes. Depois, foi a vez das competições do Ciclismo de Pista (11, 12, 13 e 14 de março), no Velódromo. O grupo brasileiro fez uma preparação intensiva, incluindo intercâmbio de seis meses na Suíça, e mostrou uma qualidade jamais vista anteriormente. Vários recordes brasileiros foram quebrados e os atletas brasileiros arrancaram aplausos da arquibancada. A equipe conquistou três medalhas de bronze. Duas foram em provas coletivas, na velocidade por equipes masculina, com os atletas Flávio Cipriano, Diefferson Borges e Kacio Freitas, na velocidade por equipes feminina, com Gabriela Yumi e Wellyda Rodrigues, e a terceira na velocidade individual, novamente com Flávio Cipriano. Já os atletas do Mountain Bike competiram dia 15 de março e superaram todas as expectativas. Por muito pouco os brasileiros não cravaram duas dobradinhas. Henrique Avancini e Rubens Donizete dominaram a competição masculina, terminando com ouro e prata, respectivamente. No feminino, a jovem Raiza Goulão, outra promessa olímpica brasileira, fez uma incrível prova de recuperação e garantiu o bronze. No total, foram onze medalhas e, mais do que isso, valeu a participação histórica que essa delegação proporcionou para o Brasil. O crescimento descentralizado da modalidade ficou comprovado através dos resultados que deixaram uma ótima impressão durante os Jogos. Com isso, o ciclismo brasileiro passou de coadjuvante para ser respeitado e tido como um grande candidato ao título nas principais provas. Elogios foram direcionados e os atletas da seleção puderam competir de igual para igual contra adversários que anteriormente eram apenas ídolos. Desta vez, o ciclismo brasileiro mostrou a sua face como uma das modalidades que mais se desenvolveu nas Américas. Sem esconder sua satisfação, o presidente da Confederação Brasileira de Ciclismo, José Luiz Vasconcellos, destacou a participação do ciclismo nos Jogos e a importância dos resultados obtidos. "Gostaria de expressar a imensa satisfação da CBC em alcançar resultados tão expressivos através dos nossos talentosos atletas. Isso se deve a muito trabalho, dedicação e empenho de todos. Tivemos uma participação inédita, terminando com onze medalhas e vários recordes nacionais quebrados. Evoluímos em grandes proporções nos últimos anos e vamos continuar trabalhando sem medir esforços para o desenvolvimento da nossa modalidade", frisou Vasconcellos.
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